segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Consciência Negra

Fotos de algumas atividades desenvolvidas na Semana da Consciência Negra.

 Confecção das bonequinhas de pano e pesquisa sobre a sua história.
Cartazes de conscientização


 Cartazes sobre produzidos em grupos sobre a vida dos escravos no Brasil.












Máscaras africanas

Leitura em auditório da poesia do poeta rosariense Oliveira Silveira:

SOU
Sou a palavra cacimba
Pra sede de todo mundo
E tenho assim minha alma:
Água limpa e céu no fundo.

Já fui remo, fui enxada
E pedra de construção;
Trilho de estrada de ferro,
Lavoura, semente, grão.

Já fui a palavra canga,
Sou hoje a palavra basta.
E vou refugando a manga
Num atropelo de aspa.

Meu canto é faca de charque
Voltada contra o feitor,
Dizendo que minha carne
Não é de nenhum senhor.

Sou o samba das escolas
Em todos os carnavais.
Sou o samba da cidade
E lá nos confins rurais.

Sou quicumbi e Moçambique
No compasso do tambor.
Sou um toque de batuque
Em casa de jeje-nagô.

Sou a bombacha de santo,
Sou o churrasco de Ogun.
Entre os filhos desta terra
Naturalmente sou mais um.

Sou o trabalho e a luta,
Suor e sangue de quem
Nas estradas desta terra
Nutre raízes também.

Oliveira Silveira
Pelo escuro. Revista Callalo (EUA) 1995 

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