quinta-feira, 23 de abril de 2020

AS GRANDES EPIDEMIAS AO LONGO DA HISTÓRIA


Bactérias, vírus e outros micro-organismos já causaram estragos tão grandes à humanidade quanto as mais terríveis guerras, terremotos e erupções de vulcões. Grandes epidemias e pandemias marcaram a história da humanidade, em todos os períodos, e dizimaram diferentes povos.
Antes de conhecermos as epidemias e pandemias que marcaram a história mundial, é importante nos atentarmos para as diferenças entre os conceitos de epidemia e pandemia.

v  Pesquise e escreva a diferença entre epidemia e pandemia.

A história da humanidade não é marcada apenas pelos grandes impérios, grandes guerras e o avanço material e tecnológico do homem no tempo, mas também pelas grandes doenças que afetaram os mais diversos povos.
Ao longo da história causaram momentos de grande tensão e foram catalisadores de transformações em alguns casos. São acontecimentos que colocaram sociedades inteiras sob ameaça e, por isso, são objetos de estudo dos historiadores. Vamos conhecer algumas delas?



PESTE NEGRA

50 milhões de mortos (Europa e Ásia) – 1333 a 1351
História: A peste bubônica ganhou o nome de peste negra por causa da pior epidemia que atingiu a Europa, no século 14. Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

CÓLERA

Centenas de milhares de mortos – 1817 a 1824
História – Conhecida desde a Antiguidade, teve sua primeira epidemia global em 1817. Desde então, o vibrião colérico (Vibrio cholerae) sofreu diversas mutações, causando novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

TUBERCULOSE

1 bilhão de mortos – 1850 a 1950
História – Sinais da doença foram encontrados em esqueletos de 7 000 anos atrás. O combate foi acelerado em 1882, depois da identificação do bacilo de Koch, causador da tuberculose. Nas últimas décadas, ressurgiu com força nos países pobres, incluindo o Brasil, e como doença oportunista nos pacientes de Aids.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

VARÍOLA

300 milhões de mortos – 1896 a 1980
História – A doença atormentou a humanidade por mais de 3 000 anos. Até figurões como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga”. A vacina foi descoberta em 1796.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

GRIPE ESPANHOLA

20 milhões de mortos – 1918 a 1919
História – O vírus Influenza é um dos maiores carrascos da humanidade. A mais grave epidemia foi batizada de gripe espanhola, embora tenha feito vítimas no mundo todo. No Brasil, matou o presidente Rodrigues Alves.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

TIFO

3 milhões de mortos (Europa Oriental e Rússia) – 1918 a 1922
História – A doença é causada pelas bactérias do gênero Rickettsia. Como a miséria apresenta as condições ideais para a proliferação, o tifo está ligado a países do Terceiro Mundo, campos de refugiados e concentração, ou guerras.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

FEBRE AMARELA

30 000 mortos (Etiópia) – 1960 a 1962
História – O Flavivírus, que tem uma versão urbana e outra silvestre, já causou grandes epidemias na África e nas Américas.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

SARAMPO

6 milhões de mortos por ano – Até 1963
História – Era uma das causas principais de mortalidade infantil até a descoberta da primeira vacina, em 1963. Com o passar dos anos, a vacina foi aperfeiçoada, e a doença foi erradicada em vários países.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

MALÁRIA

3 milhões de mortos por ano – Desde 1980
História – Em 1880, foi descoberto o protozoário Plasmodium, que causa a doença. A OMS considera a malária a pior doença tropical e parasitária da atualidade, perdendo em gravidade apenas para a Aids.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:

 

AIDS

22 milhões de mortos – Desde 1981

História – A doença foi identificada em 1981, nos Estados Unidos, e desde então foi considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde.

v  Pesquise e escreva sobre as formas de contaminação, sintomas e tratamento:
Fontes: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundação Oswaldo Cruz



Coronavírus  (Covid – 19)        PARA REFLETIR...

1.       Esqueça um pouco das realizações futuras e situe-se no agora, já que o momento exige que se viva um dia de cada vez. Se não cuidarmos do agora, de si mesmos, do próximo e da sociedade, o futuro poderá não existir.
2.       Vamos frear a ganância, o supérfluo, a vaidade tola. Neste momento muitos perceberão que isto não lhes vale de mais nada.
3.       Vamos praticar a reforma íntima.
4.       Mesmo que estejamos no seio de nosso lar, protegidos, com saúde e proventos, será impossível estar totalmente feliz e em paz. Não é possível ser feliz sozinho e enquanto uma família possuir um doente ou alguém passar fome em algum lugar de isolamento, simplesmente a felicidade não estará completa.
5.       Por último, vamos lembrar-nos da escassez do tempo, temos que encarar nossos conflitos agora, não no próximo mês ou no próximo ano.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Uma figura lendária da História do Rio Grande do Sul



Sepé Tiaraju
   As ruínas de São Miguel assinalam para a humanidade a presença de uma civilização que a ganância dos homens destruiu.
   As conflagrações entre os seres humanos eclodem quando o volume das paixões regurgita sem que o freio da racionalidade se imponha ao sentimento.
   A guerra é necessária, mas não tem nobreza!
   A conquista da nobreza é o ideal para que as guerras pouco a pouco se traduzam em apontamentos de um passado em que jazem sepultadas a perversidade e a ignorância humana.
   É da natureza humana o instinto de sobrevivência que impulsiona o homem a defender a própria vida e o seu clã.
   As Guerras Guaraníticas, como todas as demais que têm assolado a Terra, seguem os mesmos caminhos registrados pela história de progressos que surgem dos escombros das civilizações arrasadas e das vidas ceifadas precocemente nos campos de batalha.
v O que foram as Guerras Guaraníticas?
  
   Suas atitudes no comando das tribos eram mais eficazes e tocantes aos corações do que os sermões que eram proferidos na liturgia das missas. O “guardião de pele vermelha” trazia consigo grande responsabilidade.
v Quem foi Sepé Tiaraju? Qual era o seu papel na Redução de São Miguel Arcanjo?
v O que eram as Missões Jesuíticas?
v Qual era o trabalho realizado pelos padres naquele local?

   Sepé aconchegou-se à fogueira, que naquelas épocas queimava continuamente, esfregou as palmas das mãos e aproximou-se das brasas para se aquecer. [...]
v Como era a vida dos índios nas missões ou reduções? Por que estavam naquele local?

   Observando as paredes que lutam contra o tempo para se manterem de pé, uma melancolia tolda o nosso coração.


   A visão que se estendia em torno das ruínas era tenebrosa. O fogo consumira as casas e as paredes enegrecidas da imponente catedral era um momento tétrico da morte, registrando os sinais da crueldade que ali passara na sanha conquistadora, semeando morte e destruição.
v Como teve fim São Miguel das Missões? O que ocorreu com os silvícolas que ali pereceram?

Histórias na tribo
O cântaro de Tupã
Naquela manhã de outono, o sol espiava tímido por entre as nuvens. A chuva torrencial da noite anterior fizera a temperatura cair bastante.
E o vento que assoviara de forma incessante, retorcendo as copas das árvores, transformara-se em uma brisa gelada, que fizera com que as crianças não saíssem aos pátios da redução.
Silêncio naquela hora do dia era algo que somente acontecia nessas circunstâncias, porque a algazarra dos pequenos era sempre uma música alegre, presente em cada manhã.
Sepé atravessou a praça e entrou no cotiguaçu.
Sua silhueta recortando-se contra a claridade da porta atraiu, de imediato, a atenção dos pequenos e das mulheres.
Apesar da figura imponente, da estatura elevada e da própria função que exercia em São Miguel – cacique – a sua presença não era temida e nem causava inibição, mas sempre era acolhido com respeito e carinho.
Eles sabiam o que o cacique vinha fazer, porque era comum nos dias de inverno e nos períodos de chuva que eles os visitasse.
Correram de todos os lados, as crianças e os adultos, e foram logo formando uma grande roda em torno dele.
Sepé assentou-se à moda índia, com as pernas cruzadas, enquanto dois ou três pequenos curumins pulavam para ganhar o seu colo. Sabiam que uma bela e cativante história seria contada! Os olhinhos brilhavam e as vozes calaram assim que ele iniciou a narrativa: “Na noite que passou, Tupã abriu o seu cântaro, deixando cair água para engrossar os rios, molhar a terra e fazer crescer as plantas.
Sabem, Tupã tem um cântaro cheio de água! Quando ele olha para a Terra e vê que os rios estão secando, as plantas murchando, ele abre o cântaro e deixa a água escorrer. As nuvens são algodões que recebem a água e a distribuem para que ela caia com leveza sobre o mundo.
Os pequenos batiam palmas e acompanhavam com viva atenção cada palavra dita.
“Mas, dizia ele, Tupã também criou um lugar na Terra onde só ele pode ir. Neste lugar, algumas vezes, sem que ninguém veja, ele vem recolher toda a água que sobra dos rios, da terra, das plantas e retorna para o seu reino, com o cântaro cheio, esperando o momento de novamente enviar água para a Terra.
É por isto que nós devemos cuidar das águas e da terra para que a água que Tupã vier buscar não seja suja, nem com veneno, nem malcheirosa. Porque senão, ao abrir o cântaro, choverá sobre a Terra água ruim...
A água de Tupã é pura e assim devemos conservá-la para que o seu cântaro dela se encha. Nós somos as sentinelas do cântaro de Tupã!”
Assim, aquele cacique contava histórias ensinando às crianças o respeito à natureza que, para os guaranis, era sagrada!


v Que reflexão esta história nos traz? Que valores podem ser aprendidos?
v A partir desta leitura que visão você tem sobre a vida nesta comunidade?
Para encerrar:
v Construa um vocabulário com todas as palavras presentes nesta folha e nas pesquisas que você desconheça o significado e escreva ao lado.




Sepé continuava marchando ao encontro da liberdade...


terça-feira, 7 de abril de 2020

Vídeo sobre Pré- História Americana

Este vídeo foi produzido para os alunos que estão estudando em casa durante a pandemia do COVID-19



O ser humano chega à América
Os períodos da Pré-História americana
Os nomes dos períodos empregados na Pré-História americana são diferentes daqueles usados para a Pré-História da Europa, Ásia e África. Em vez de Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais são utilizados os termos Paleoíndio, Arcaico e Formativo. Essa divisão serve apenas para estudar melhor esta fase da História americana.
PALEOÍNDIO = eram nômades e se dedicavam à caça de animais de grande porte. Para isso, usavam instrumentos feitos de pedra lascada. Lanças com pontas em forma de folhas foram encontradas junto a esqueletos de grandes animais como a preguiça-gigante, o bisão, o mamute, o tatu-gigante e o tigre dentes de sabre.
ARCAICO = mudanças climáticas.como aumento da temperatura e de umidade, afetaram a fauna e a flora. Isso provocou mudanças nas atividades humanas. Os grupos passaram a caçar animais menores, como a raposa, o coiote e diversos roedores.
Alguns grupos iniciaram o cultivo de plantas, o milho, por exemplo, foi desenvolvido onde hoje é o México, a Amazônia e a bacia do rio São Francisco, a mandioca, no litoral do atual Peru e outras regiões. Fabricavam utensílios como cestos, redes e cordas.
 No final do período, começaram a utilizar o cobre na fabricação de instrumentos, como facas, pontas de flechas e lanças.
FORMATIVO = foi marcado pela diminuição do nomadismo. A agricultura tornou-se a principal atividade de sobrevivência. Tudo isso favoreceu o aumento da população e a formação de grandes aldeias.
Na Mesoamérica, por volta de 1500 a. C., surgiram grandes cidades que se transformaram em poderosos impérios. Com a chegada dos europeus a partir do século XV, essas sociedades sofreram muitas transformações e muitas foram destruídas pela perda de identidade, imposta pelo colonizador e principalmente por conflitos sangrantes ocorridos entre eles.

QUESTÕES:
1.       Cita o nome dos 3 períodos da Pré-História americana.
2.       Como os homens que viviam na primeira fase, classificada pelos historiadores como Paleoíndio, conseguiam o próprio alimento?
3.       Cita os principais alimentos cultivados durante o período arcaico.
4.       Cita alguns dos animais existentes nesta era.
5.       O que aconteceu com os povos nativos da América no final do terceiro período?

COMPLETE AS LACUNAS:
Os primeiros habitantes da América viviam basicamente da _____________, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Eles não conheciam a agricultura e levavam uma vida ________________, ou seja, deslocavam-se constantemente em busca de recursos disponíveis na natureza. O desenvolvimento da ________________, por volta de 7 mil anos atrás, provocou grandes mudanças na vida humana: aos poucos, as comunidades adotaram um modo de vida _________________, fixando-se por mais tempo na terra, e puderam dispor de uma _________________ mais nutritiva. Entre as primeiras plantas cultivadas destacam-se o ____________, onde hoje está o México, e a mandioca, nas terras do atual _____________________.