terça-feira, 22 de março de 2016

Brasil, encontro de culturas
Nossa cultura reúne heranças de muitos povos e civilizações. Dos quatro continentes – América, Europa, África e Ásia – e dos povos indígenas que aqui viviam, recebemos contribuições para a construção da identidade e da cultura brasileiras. Cada um desses povos nos legou uma bagagem rica que influenciou nossa vida, valores, falas, crenças, costumes e artes.
Sobre a alimentação, por exemplo, os costumes relacionados à alimentação são muito variados. Em um país tão grande como o Brasil, muitas pessoas nem conhecem os alimentos usados em outras regiões do país. Pela influência dos colonizadores os hábitos alimentares do brasileiro contam um pouco da história do Brasil.
As indígenas fabricavam a farinha de mandioca ralando a raiz, espremendo-a, para retirada do líquido e em seguida colocando-a para secar. Outros tantos alimentos como o milho, a batata-doce, cacau, amendoim, palmito, mamão e o caju são influências indígenas na alimentação brasileira.
Os colonos portugueses vieram para o Brasil na intenção de firmar residência fixa na nova terra e por isso resolveram tentar recriar o ambiente da terra natal. Trouxeram bois, vacas e galinhas, a fim de consumirem o leite, a carne e também os ovos, costumes que os indígenas não tinham.
As verduras e hortaliças também foram influências dos portugueses, que tinham o costume de cultivar hortas nos quintais das casas.
A região nordeste é a mais influenciada pelos costumes africanos. O azeite de dendê é o principal alimento de origem africana, e é utilizado em pratos tradicionais como a moqueca de peixe.
Existem também as influências de outras correntes migratórias
Os alemães, instalados principalmente na região sul do país trouxeram o hábito do consumo de cerveja, carnes salgadas e saladas de batata.
Os italianos residentes principalmente em São Paulo e no sul do país trouxeram o costume do consumo de macarrão, pizza, polenta e risoto.
Os norte americanos, tem uma influência mais recente e decorre principalmente dos meios de comunicação em massa e não propriamente da migração. São influências norte americanas o consumo de refrigerantes, produtos enlatados e congelados, lanches e sanduíches.
Os horários das refeições também foram se modificando ao longo dos séculos. Os indígenas geralmente comiam antes de sair para caçar, ingeriam algum alimento durante o dia e retornavam para comer no final da tarde.
Por volta do século XVI era costume o café da manhã ser servido às seis horas da manhã, o almoço às nove horas, o jantar as quatro e havia ainda a ceia, servida às seis da tarde.
Posteriormente os horários se modificaram e após 1800 o café já era utilizado na primeira refeição do dia, o almoço passou a ser servido próximo ao meio dia composto por, também foi adotado o costume de consumir doces e uma xícara de café após o almoço. O jantar passou a ser servido no final da tarde, começando com uma sopa e, antes de dormir o hábito de consumir um copo de chá ou leite acompanhado de biscoitos.
Todas essas influências tornaram o Brasil um país extremamente rico no que diz respeito a sua cultura e culinária.

Referências bibliográficas

Lima C. Tachos e panelas, historiografia da alimentação brasileira. 2ª ed. Recife: Editora Comunicarte, 1999. 
Ferreira MC. Alimentação no Brasil. São Paulo: Editora Edicon, 1992.

Atividades:
1.        Baseado no que você leu no texto acima, responda o que é herança?

2.       Você sabe onde fica cada um dos continentes citados no texto? Escreva no mapa e acrescente a Oceania?























1.       Quais são os povos desses continentes que vieram para o Brasil?

2.       No local em que você vive, dá para perceber as contribuições dos indígenas, africanos e europeus nos costumes e no modo de vida?

3.       Com suas palavras justifique o título do texto: “Brasil, encontro de culturas”.

4.       Cita duas influências alimentares dos portugueses:

5.       Dos alemães:

6.       Dos italianos:

7.       Norte americanos:

8.       Sobre os horários em que eram realizadas as refeições, destaque uma das maiores diferenças sobre os horários em que são realizadas atualmente.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Trabalho de História                  

As mulheres na Idade Média

     A sociedade medieval era patriarcal (8) e a relação feminina no seio social, conjugal e familiar dependia da posição econômica que a família ocupava, apesar de seus bens serem administrados por homens. Também não lhes era permitido exercer cargos públicos ou de liderança. Características estas que, em conjunto com a cultura cristã, definiram o que seria a mulher na Idade Média.

     A mulher era, na definição religiosa, naturalmente inferior ao homem, desempenhando papéis e funções diferentes das do homem e sempre bem definidas, normalmente limitadas ao trabalho doméstico. A roca, instrumento que simbolizava o trabalho doméstico, estava consequentemente relacionada ao trabalho feminino.
     Patriarcal, a sociedade medieval era dirigida e controlada por homens que tinham o direito de castigar as mulheres como a uma criança, a um doméstico ou a um escravo, tornando-se um direito de justiça inquestionável, primordial, absoluto. O homem deveria ser governado apenas por Deus, enquanto a mulher que estava relacionada à sensibilidade, deveria ser governada pela inteligência masculina. As diferenças entre idade, riqueza, educação ou atividades praticadas, determinavam os direitos e deveres impostos às mulheres.
     A personalidade feminina, herdeira da queda do homem, na qual o mito de Eva tem um papel negativo central, era apresentada por meio de termos depreciativos, tais como: perigosas, fracas, instintivas, frágeis, astuciosas, encrenqueiras, inconstantes, sensuais, infiéis e fúteis. A sensualidade sempre esteve no centro das reprovações contra o feminino, pois o desejo era obra do diabo e a mulher era a inspiradora do desejo, o que fazia dela a causadora da danação eterna do sexo masculino e da humanidade.
     Todas as mulheres eram por natureza herdeira de Eva, uma pecadora, maldita, mas havia também na sociedade medieval a imagem de Maria, mãe de Jesus, modelo de perfeição e santidade, considerada a redentora de Eva, vinda ao mundo com a missão de livrar as mulheres da maldição da queda. Na Idade Média, desenvolveu-se a ideia de que Maria era a mãe da humanidade, de todos aqueles que viviam na graça de Deus.   Um exemplo de mãe, pois era a mãe do filho de Deus, simbolizava a pureza e a humildade e ao longo da Idade  Média sua imagem foi ganhando popularidade. Associavam-na à autoria de milagres. Era vista como dama por excelência, bela de corpo e de rosto, um ideal a ser atingido pelas mulheres comuns. Era obediente e submissa à vontade divina e por isso não morreu como os outros homens, mas ascendeu aos céus por não ter pecado.
     A Igreja, ao criar essas duas representações femininas tentava impor a disciplina e a obediência como forma de controle dos comportamentos sociais cristãos. Com a instituição do casamento pela Igreja, a maternidade e o papel da boa esposa, estes passaram a serem exaltados, muito ligados à imagem de Maria. Eva, porém, era vista como um exemplo a não ser copiado, um ser pecador, incapaz de resistir às tentações, sendo necessário submetê-la à tutela masculina. Todas as mulheres já nasciam com o estigma do pecado herdado por Eva e conforme a Igreja pregava, deveriam buscar Maria como referencial a ser atingido. Ou seja, a imagem da mulher fraca e medíocre era substituída pela mulher pura, submissa e temente a Deus. Assim, a Igreja acreditava que estaria controlando os comportamentos femininos e disseminando a culpa pela origem do pecado, isentando o homem de quaisquer responsabilidades. Porém, muitas mulheres ousaram desafiar essas imagens tão bem construídas pela Igreja, que soube se valer destes conceitos para se manter no controle e poder social.
     Muitas mulheres como Herrad de Landsberg passaram a exercer atividades essencialmente masculinas e romperam com a imagem de submissão ao homem, que a Igreja e a sociedade insistiam em impor. Muitas mulheres também passaram a administrar seus bens, as que detinham grande poder aquisitivo patrocinavam atividades artísticas, bem como obras literárias, fazendo com que o movimento cultural formado por mulheres crescesse largamente, como Christine de Pisan. Com a literatura, foi possível observar os pensamentos femininos na Idade Média e outras imagens da mulher que se contrapunha as visões depreciativas do sexo feminino. Ou seja, ações isoladas ou coletivas dirigidas contra a opressão das mulheres podem ser observadas em diversos momentos da História e inúmeras mulheres resistiram, denunciaram as injustiças sofridas pelas mulheres, traçaram caminhos diferentes daqueles que a sociedade ditava como os únicos legítimos. Lembrar dessas mulheres, é lembrar de que podemos e devemos sempre lutar por direitos e igualdade de gênero (9).





GLOSSÁRIO:
(1) misoginia: repulsa ao gênero feminino;
(2) Precursora: a primeira a fazer alguma coisa;
(3) Abadessa: Superiora de um mosteiro de religiosas, intitulado abadia;
 (4) Abadia: eram os mosteiros governados por um abade ou abadessa;
(5) Claustro: parte da arquitetura religiosa do mosteiro destinada ao isolamento;
(6) Iluminura ou miniatura é um tipo de pintura decorativa, frequentemente aplicado às letras capitulares no início dos capítulos dos códices de pergaminhos medievais. O termo se aplica igualmente ao conjunto de elementos decorativos e representações imagéticas executadas nos manuscritos, produzidos principalmente nos conventos e abadias da Idade Média. A sua elaboração era um ofício refinado e bastante importante no contexto da arte medieval.
(7) Compêndio: Coletânea de conhecimentos;
(8) Patriarcal: onde o pai tem o poder absoluto sobre a casa;
(9) Gênero: Conceito formulado nos anos 1970 com profunda influência do pensamento feminista. Ele foi criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura. Assim, gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos.


Pintura Medieval:



A primeira imagem, datada em 1410d.C.–1411d.C, destaca a participação de Christine de Pisan na luta pela valorização da mulher na sociedade medieval. Christine de Pisan foi uma poetisa e filósofa italiana que viveu na França na primeira metade do século XIV, conhecida por criticar a misoginia (1) presente no meio literário da época, predominantemente masculino, e defender os direitos das mulheres na sociedade. Considerada precursora (2) do feminismo, foi a primeira mulher de letras francesa a viver do seu trabalho. 




A segunda imagem, datada em 1180d.C, apresenta Herrad de Landsberg em atividade até então exclusiva do sexo masculino: autora de uma enciclopédia cientifica, poeta, escritora. É a primeira enciclopédia que foi claramente escrita por uma mulher e foi um dos mais renomados manuscritos do período. Contém poemas, ilustrações, músicas e desenhos de textos clássicos dos escritores árabes. 































































Atividades:   (responda em folha separada)

1.       Escreva sobre cada uma das palavras abaixo:
a.       Liberdade;
b.      Feminina;
c.       Direito;
d.      Idade Média.
2.       Responda:
a.       Quais eram as características que definiam a mulher no período medieval?
b.      Explique porque a sociedade era patriarcal.
c.       Qual a relação da mulher medieval com o mito de Eva?
d.      Qual a influência exercida pela Igreja sobre a sociedade da época?
e.      Quais eram as características de Maria que deveriam ser seguidas pelas mulheres?
f.        De que forma mulheres como Herrad de Landsberg começaram a mudar esta situação?
g.       As mulheres sofriam algum tipo de violência por parte dos homens?
h.      Que aspectos do tratamento masculino com mulheres na Idade Média permanecem até os dias de hoje?
i.         Hoje no Brasil são altíssimos os índices de feminicidio (assassinatos de mulheres) e violência contra a mulher, sendo os homens muitos (namorados, amantes, maridos ou ex-companheiros) os principais agressores. Por que os homens são os principais agressores? Justifique sua resposta.
j.         Quais as relações entre a violência contra a mulher e o machismo? Você já foi vitima ou presenciou violência contra as mulheres na escola ou em casa? Cite um exemplo.
k.       Comente a frases: Briga de marido e mulher não se deve meter a colher?
l.         Vocês conhecem a Lei Maria da Penha? Qual a importância da Lei Maria da Penha no combate à violência contra a mulher?

3.       Observe atentamente as imagens e interprete-as criticamente:
a.       A primeira imagem retrata o momento em que Christine de Pisan presenteia a rainha com o seu livro. Porque escrever era uma atividade exclusiva dos homens? Qual a importância das mulheres escreverem sobre elas mesmas? Porque é importante para uma sociedade ouvir os excluídos?
b.      A segunda imagem retrata Herrad de Landsberg segurando um manuscrito. Por que Herrad pode ser considerada uma mulher que questionou o patriarcalismo e o machismo da Idade Média?


                                      Baseado no trabalho realizado por Luiz Carlos Vidal

terça-feira, 15 de março de 2016

sexta-feira, 4 de março de 2016

ZIKA, O VÍRUS DA DOENÇA MISTERIOSA
Pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, Gúbio Soares e Silvia Sardi, identificaram o Zika virus (ZIKV), responsável pelo surto da “doença misteriosa” que vitimou inúmeras pessoas em Salvador e em vários outros municípios da Bahia. Atualmente, há indícios da doença em estados do Nordeste (o maior número de casos), Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
Zika virus foi isolado, pela primeira vez, em 1947, num macaco Rhesus utilizado para pesquisas na Floresta de Zika, em Uganda, no continente africano. Aproximadamente 20 anos depois, ele foi isolado em seres humanos na Nigéria. Dali, ele se espalhou por diversas regiões da África e da Ásia e alcançou a Oceania. Possivelmente, ele entrou no Brasil trazido por turistas que vieram assistir à Copa do Mundo de Futebol, em 2014.
No nosso país, o vírus encontrou o mosquito que, entre outros do mesmo gênero (Aedes albopictus, africanus, apicoargenteus, furcifer,luteocephalus, etc.), serve de vetor para sua transmissão: o Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e também da febre amarela. Macacos e seres humanos costumam ser os hospedeiros.
No entanto, embora em menor número, consta da literatura científica a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratórios de pesquisa, da mãe para o feto durante a gestação, por transfusão de sangue e por via sexual. A doença pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, de certa forma, são semelhantes nessas doenças. Os mais frequentes na febre zika são febre por volta dos 38 graus, dor de cabeça, no corpo e nas articulações (que pode durar aproximadamente um mês), diarreia, náuseas, mal-estar. A erupção cutânea (exantema) acompanhada de coceira intensa pode tomar o rosto, o tronco e os membros e atingir a palma das mãos e a planta dos pés.

Questões:
1.       De acordo com o texto escreva quando o Zika vírus foi isolado pela primeira vez e onde aconteceram as pesquisas?
2.       Como o evento, Copa do Mundo de Futebol pode ter contribuído com a entrada do vírus em nosso país?
3.       Depois de 20 anos, isolado pela primeira vez na Nigéria o Zika vírus se espalhou por diversas regiões cite-as.
4.       O Aedes Aegypti, mosquito transmissor do Zika vírus se espalhou por diversas regiões. Quais?
5.       Quais os sintomas da febre Zika?


O que é Febre Chikungunya?
Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.
Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
A febre chikungunya teve seu vírus isolado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia. Ela recebeu esse nome pois chikungunya significa “aqueles que se dobram” no dialeto Makonde da Tanzânia, termo este usado para designar aqueles que sofriam com o mal. A doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção por causa das articulações inflamadas e doloridas, daí o “andar curvado”.
Os mosquitos transmitiam a doença para africanos abaixo do Saara, mas os surtos não ocorriam até junho de 2004. A partir desse ano, a febre chikungunya teve fortes manifestações no Quênia, e dali se espalhou pelas ilhas do Oceano Índico. Da primavera de 2004 ao verão de 2006, ocorreu um número estimado em 500 mil casos.

Vamos ver se estamos vencendo o dengue!!!

1. Você conhece alguém que pegou dengue?
(     ) Sim               (      ) Não
2.  Em sua casa são observadas as medidas de prevenção contra o Aedes aegypti?
(     ) Sim               (      ) Não
4. Você sabe reconhecer o Aedes aegypti?
(     ) Sim               (      ) Não
5. Em sua opinião, o Ministério da Saúde esclarece devidamente os cuidados que devemos ter para nos prevenir contra a dengue?
(     ) Sim               (      ) Não

6. Quais são suas sugestões para as futuras campanhas contra o dengue?